sexta-feira, 14 de dezembro de 2012

Foge


Foge, o mais rápido possível, foge. Sai, desaparece, não quero saber. Mas fica, fica aqui.
Não sei, faz o que quiseres menos isto. Corre o mais rápido que puderes e encontra as algemas da nossa prisão. Mas fica, fica aqui, cuida de mim, mostra que importaste, mostra que sou especial. Mas foge, foge bem rápido,  não olhes para trás  Não olhes nos olhos, isso é perigoso. Eu quero que desapareças e que fiques. Quero que corras e que olhes para trás  Queres entrar na confusão?  Então faz tudo o que não queres fazer e que queres fazer. Diz que és capaz. Se não, foge, foge o mais rápido possível e desaparece, para sempre, não voltes, não olhes, não fales. Não voltes, mas volta...

B.


terça-feira, 10 de julho de 2012

o que teria acontecido se nunca ...


Tenho uma página em branco. Tenho uma mente obscura. Tenho um vazio sem explicação. Tenho dúvidas de tudo o que aconteceu.
O que teria acontecido se eu nunca tivesse ido lá? O que teria acontecido se eu nunca tivesse respondido aos teus comentários? O que teria acontecido?
Agora, vendo tudo de fora e sabendo o final da nossa história, sei que nós tivemos fases. A fase de conhecermo-nos. Foi espectacular, as coisas que tínhamos em comuns e que ficávamos espantados, como duas pessoas de locais e experiencias diferentes conseguiam ser tão parecidos.
Essa fase passou, como tudo na vida. Comecei a sentir que tudo que havia de maravilhoso tinha entrado em rotina, onde já não havia nada que fizesse permanecer ao teu lado. Mas mesmo assim, continuei, porque tinha esperança que tudo terminasse bem. De uma maneira ou de outra terminou bem, mas não da maneira que eu queria. Eu queria-te perto de mim, queria ter-te para mim. Embora sabendo que era impossível, não perdi a esperança.
Até chegar a terceira e última fase. Onde o mundo caiu aos meus pés e senti-me perdida, não sabia como reagir, como me afastar do meu vício que eras tu. Tu não sabes como passei mal. Não tinha vontade de sair de casa. Passava horas a espera de algo que nunca aconteceu.
Agora? Por vezes continuo à espera, mas tive de seguir em frente. Tive de te deixar partir. Não queria perder a tua amizade. Mas sinto que isso, cada dia que passa, esta cada vez mais escasso. E que as nossas vidas estão a voltar ao momento que nos conhecemos e não sabíamos da existência um do outro.
B.

segunda-feira, 2 de julho de 2012

contacto visual

Foi estranho voltar-te a ver. Eras a pessoa que menos esperava encontrar. Mas apareceste, assim do nada, à minha frente. Frente a frente, cara a cara. Não consegui negar como a tua presença incomodou-me. Eu sei que viste na minha bela expressão facial que não gostei de ver-te novamente. Mas aconteceu.

 

O mundo é pequeno, e a sociedade onde vivemos ainda mais. Fechei-me em copas, como tivesse sido atingida por uma avalanche de lembranças. Boas e más. Mas instintivamente pensei nas más. 

 

Pensei em todos os momentos que me deixaste plantada à espera de uma chamada tua. De quando me trocavas pelos teus amigos. Quando deixaste-me celebrar os meus 16 anos completamente sozinha. 

 

Aqueles segundos de trocas de olhares e mudanças faciais. de nós as duas, foram uma prova do quanto fizeste-me crescer, devo isso a ti. Porque ao magoares fizeste-me na pessoa que sou hoje, e tenho orgulho no que sou.

B.

domingo, 1 de julho de 2012

Passado

Há tantas coisas que podiam ser diferentes, tantos dias que podiam ser diferentes, bastava uma iniciativa, um acto de incentivo, que nunca houve.  

Vendo os meses avançarem penso que tudo não passou de meras palavras ditas por dizer, sentimentos iludidos por esperanças nulas. Tudo uma grande armadilha da imaginação. 

E agora, numa discoteca vendo todos a dançarem, a seduzirem, penso que tudo não passou de uma inútil imaginação, de um esquema estruturado entre uma mente perversa e um coração estúpido. Para mal dos meus pecados foi a melhor e pior junção que podia acontecer.

B.

quinta-feira, 7 de junho de 2012

aprisionados no tempo

« E foi assim, abrindo a gaveta à procura de qualquer outra coisa, que, sem aviso, me escorregou para as mãos uma fotografia tua tirada durante aqueles quatro dias. Fiquei a olhar-te longamente, longa, longa, longamente. E longamente me fui dando conta de que tudo aquilo acontecera mesmo: eu não o sonhara, durante vinte anos. Nisso, quando guardam para sempre um instante que nunca se repetirá, as fotografias não mentem - esse instante existiu mesmo. Porém, a mentira consiste em pensar que esse instante é eterno, que dois amantes felizes e abraçados numa fotografia ficaram para sempre abraçados. É por isso que não gosto de fotografias antigas: se isso alguma coisas elas reflectem, não é a felicidade, mas sim a traição - quando mais não seja, a traição do tempo, a traição daquele instante em que ali ficámos aprisionados no tempo. Suspensos e felizes, como se a felicidade se pudesse suspender carregando no botão "pausa" no filme da vida.»

Miguel Sousa Tavares - No teu deserto

sexta-feira, 18 de maio de 2012

o amor


O amor é a procura de nós próprios, é o desejo ardente de realmente entrar em contacto comigo e contigo, partilhar os corpos, os pensamentos, encontrar-se um ao outro sem nada a esconder, fazer confissões e ser perdoado, é compreensão, confirmação e suporte no que foi e no que é, é o anseio por um lar e pela confiança para contrabalançar as dúvidas e ansiedades geradas pela vida moderna. Se nada é certo e seguro, se até mesmo é arriscado respirar num mundo poluído, então as pessoas seguem os sonhos sedutores do amor até estes se transformarem em pesadelos.”

domingo, 29 de abril de 2012

Grito o teu nome sem saber como será amanhã




(...)
"Rasgas-me a roupa sem qualquer pudor

Enquanto buscas o ar pela boca
Passeias o teu cheiro no meu corpo
Por entre os braços misturo tudo
Após o prazer ficaremos mudos
Sem saber
Se é por uma noite
Grito teu nome sem saber
Como será o amanhã
Foi um sonho real
Por uma noite"
klepht - por uma noite

quinta-feira, 12 de abril de 2012



Toquei a tua pele macia
Como brisa que passa, e arrepia
Naveguei teu corpo norte a sul
Mergulhei nos teus olhos, qual mar azul

Dei-te a conhecer meu ser
Entrei em ti, pra tornar a nascer

Foste tu que me possuiste
Tomaste conta deste corpo, outrora triste
Quiseste ver por dentro, eu deixei
Ensinaste-me o amor, eu amei

Afagaste-me o cabelo, e eu dormi
Subi ao ceu, sonhei e descobri

QUE EU QUERO SER TEU 
Voar a teu lado no ceu e descobrir
O prazer de ser teu
O prazer de ser teu

Bebi dos teus labios, ao luar
Chorei ao sentir o teu beijar
Emergi das aguas ao amanhecer
Notei o teu perfume, senti-me morrer

Escalei montanhas pra te alcançar
Mas em mim no escuro so por te amar
Alcancei a luz quando te vi
Nasci de novo, acordei renasci

PORQUE EU QUERO SER TEU
Voar a teu lado no ceu e descobrir
O prazer de ser teu 
O prazer de ser teu

PORQUE EU QUERO SER TEU
Voar a teu lado no ceu e descobrir
O prazer de ser teu 
O prazer de ser teu

O prazer de ser teu.....

João Paulo Rodrigues - Quero Ser Teu

sábado, 31 de março de 2012


The Pretty Reckless - You Lyrics

Confusão


Eu não quero ficar em casa, não quero ficar sozinha. Quero andar sempre ocupada, para iludir-me e pensar que tudo está bem.
Mas não consigo. Cada dia que passa é mais difícil fugir aos pensamentos, estou cada vez mais frágil e sem aparo. Não consigo sozinha. Pensei que era forte, mas afinal não sou. Pensei que ultrapassava, mas afinal não consigo. Pensei que conseguia não pensar, mas não consigo parar de pensar em ti.

B.

terça-feira, 27 de março de 2012


eu não penso, eu ainda não tive nenhum momento de reflexão, e não quero, agora estou bem, não quero é mais falar sobre o assunto, o passado fica no passado.
B.

segunda-feira, 26 de março de 2012

sexta-feira, 9 de março de 2012


como

Sou um ser sem direcção, sem consciência, uma criança que caiu num parque e que chora sem ferida aparente, que espera que tal dor desapareça, sem saber como fazê-lo.
B.

A esperança é algo que altera a nossa mente, é que nos faz abrir ao mundo, faz-nos revelar a nosso verdadeiro eu.
O problema é que nem sei qual é o meu verdadeiro eu, nem sei sequer quem sou, e no meio da magoa o fado parece cada vez mais confuso, onde todo o que acreditava parece mentira, parece sangue derramado no leito dos que mais amo.
Eu sei que a culpa não é minha, mas culpabilizo-me cada dia que passa por ser quem sou, por não poder dar mais de mim a quem merece. 
Mas que posso eu fazer? Nasci assim, viver com isto vai ser o meu fado, o meu destino, a minha e o meu futuro. Um desafio que terei de enfrentar até aos últimos dias da minha existência.
B.

quarta-feira, 7 de março de 2012

palavras


Não preciso dizer nada, porque dizer? São meras palavras fascistas.
Como é que meras palavras vão traduzir
 algo que o coraçao não consegue?
Sou só eu e ele, sem palavras, no mundo onde nada é esclarecido,
Mas tudo é.
Uma confusão vista de fora, algo simples e prefeito no nosso ponto de vista.
Basta um olhar, um pensamento, sem palavras,
E sei.
E sei o que? Não sei,
Nao sei nada, mas tudo parece  claro,
Mas as palavras nao conseguem dizer o que nao sei expressar.
B.

sábado, 25 de fevereiro de 2012

A “marca”


Nunca conversa banal veio a tona o que seria a “marca” que deixamos no mundo. Havia quem  pensa-se que deixar a “marca” no mundo é equivalente a sermos reconhecidos por todos, como um actor ou um músico, mas não. A “marca” não se faz na mente das pessoas, mas sim no coração. 
A “marca” não é passar na rua e alguém reconhecer-te e tu não fazeres a mínima quem são, mas sim é chegares a casa e os teus queridos dizerem que te amam.
Porque tu nao fazes a “marca” , a “marca” faz-te a ti.

B.

sexta-feira, 24 de fevereiro de 2012

carta



De: B.
Para: Sem destinatário




Eu escrevo só porque sei que vais ler, e isto irá aproximar-nos ainda mais, mas quando escrevo é como um fantasma apoderá-se da minha caneta e aquilo que escrevi, já não é aquilo que eu sou, são simples fantasmas do passado. Que se apoderaram de mim, e fazem de tudo para eu dizer-te o quanto eu gosto de ti, mas os fantasmas não são tão poderosos quanto a nossa mente, e luto e luto para eles não se apoderarem de mim e da minha mente, mas eles estão certos, o que posso eu fazer? Talvez esses tais fantasmas são o meu coração, simplesmente quero fugir deles.
As cartas são meras transportações de informação, que por vezes esquecidas pelo tempo deixam de ter efeito, deixam de ser um transferência de informação, para uma anseadade profundidade pela resposta do amando.
 Mas Kafka tinha razão ele pode ser enganado pelas cartas não pelas pessoas, porque cada um tem uma interpretação a dar a toda a correspondência que recebe, e do que diz respeito à imaginação, essa não tem limites.
 Nem sei porque continuo a escrever sem saber se vou receber uma carta com o teu perfume. Só sei que tenho de confiar que a dita carta cheguei ao seu destino, confiando a minha vida no mensageiro, para tu saberes o que eu sinto. 
B.

simples

Eu queria estar ai, sentir o teu afeito,
lembrar-me do teu cheiro,
aquele beijo que me davas todas as noites antes de adormecer,
aquele olhar inocente de simples afecto maternal.


Não conheço ninguém que faça como tu fazes. 
És a pessoa mais simples e completa que conheço
És a minha vida, o meu coração,
desde do inicio, passando pelo meio e sem fim.


Devo-te a vida, devo-te a tua dedicação mais profunda, 
porque és simplesmente tu, eu fui criada a tua imagem
e a tua imagem vou permanecer. 


B.

quarta-feira, 15 de fevereiro de 2012

alzheimer



A minha avó também tinha alzheimer. Foi horrivel ver como uma mulher tão activa e feliz, tornou-se por causa dessa doença.

Eu passei por isso, eu amava a minha avó, nao há sombra de dúvidas, e a última vez que ela me viu ja não sabia quem eu era, só sabia que tinha uma família mas quem eram ja não. Eu estava de pé à frente dela e so me lembro de ver a minha mãe a chorar e a minha avó a perguntar “onde esta a minha neta?” e “como estam os meninos?” e eu alí a frente dela a chorar, nao aguentava mais, foi horrivel aquele momento. Foi horrivel ver a minha avo assim.

Nunca mais voltei ao lar desde daquele dia, ia sabendo que ela ia piorando cada vez mais, mas eu nao me quís despedir, eu queria guardar na minha memória aquela senhora cheia de vida que trabalhava numa escola.

Ainda nao fez um ano da morte da minha avó, mas lembro-me dela tão bem. E quando vejo as fotos delas so me veem as lagrimas aos olhos, ela a fim de contas era a minha avó, florinda.
B.

Sem Receios


Desta vez nao quero saber. Ja sou grande e devo encarrar as coisas como uma nova oportunidade. Estou farta de estar deitada na minha cama a pensar “e se?”. Isto nao pode constar do meu dicionário tenho de me aventuar, e qual é o problema de sair com um coraçao partido, eu nao sei se vou sair ou nao. É só uma posibilidade é um simples “se” que eu estou determidada a tira-lo da minha vida.

Eu tenho de me deixar de ser cobrade e enfrentar o touro pelos cornos. É uma realidade se eu nao fizer isto alguém vai fazer por mim, e depois fico a ver navios enquanto tu passas por mim? Nao pode ser!

Falo agora para todos, e desculpem o termo, deixem-se de merdas com medo de levar uma “barra”, sabemos la nos se aquela pessoa é ou não a ideal. E se nao for temos um mundo inteiro para procurar esse tal ser, e umas lagrimas não vão afectar essa procura. Ficar sentados no sofá nao é soluçao para ninguem. Levantem o cú e abram os corações para quem vós espera, sem medos e sem receios.

B.

sexta-feira, 13 de janeiro de 2012

Prestem atenção!


Todos nós temos um defeito, todos temos algo que não nos agrada. Mas quem seriamos nos sem isso? O que iríamos queixar se não o tivéssemos, talvez arranja-se-mos outro defeito ...

quinta-feira, 12 de janeiro de 2012

chocolate

Este ano novo desejo muito chocolate para todos, porque o meu começou com muito chocolate.
B.